domingo, 21 de agosto de 2011

Diamante


Revoada de sonhos felizes nadando em espiral pelos rios alucinados do meu corpo. Luzes cegantes em direção aos olhos de diamante, que com o brilho ilumina o rosto. Flores se abrindo em beijos eminentes que circulam e circulam e não param nunca. É o caso infernal de olhares opostos quem queimam meus pensamentos! O Corpo age estranho, não obedece, a língua solta segredos infernais mas o abraço apertado é o limiar do bem e do mal!
Sinos tocados com tentáculos distantes, A bruxa percorre o caminho rapidamente e tanta o bote! Meus olhos brilhantes caem aos pedaços, não aceito agora. A cor me traz lembranças, extremos opostos, começo à ver quem é o que! Aqui e ali surgem vozes cantando maldizeres e a força maligna toma o poder.
Aqui os pássaros fogem e no escuro encontro os ratos passando pela noite suja. Levaram meus diamantes para longe...

sábado, 20 de agosto de 2011

Lunae praesens

Me olha de lado e sorri!
O perfume dança na minha nuca
Me transporta para um sonho
A lua reflete no azul
Ouço gritos e sussurros
Aqui e ali olhares
Me convença de que sou errado!
Não quero a razão dos loucos
Me esconde nos seus olhos
Me afaga com teus lábios
E me faça sorrir um pouco!

Guerra dos olhos

E na imensidão dos olhos azuis
A flor desperta do sono
Sem medo algum de ser feliz
Com palavras gemidas
Andar trôpego de verdades
Diz-me se és tu alguém de bem!
Grita aos olhos tristes da dança
Que esse tango não danças mais
A noite é fria nos trópicos
Te abraço como deveria ser
E a fumaça percorre um caminho contrário
Há sempre o risco de se perder
Para morrer basta viver
Garantias não são sérias
Me protegeria, se eu fosse você

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mentiras

Não me entenda mal, não sou o que parece
Mentiras escritas em papéis sujos
Manchas de vinho em cadernos enrugados
As palavras maquiam o rosto sujo

Palavras frágeis que transpiram medo
Um quarto esfumaçado sem nada pra fazer
Um copo vazio, que preencho com uisque
Um Corpo cansado que cambaleia triste

Desculpa, mas é tudo mentira
Escárnio sem noção alguma
Ressaca maldita de noites úmidas

Não faz sentido, assim atirado sem perdão
Não, eu sei que não...
Quem disse que a vida tem razão?

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Identidade falsa

Um perdido, não sabe o que quer
Perdoe as mentiras descaradas
Não ligue para este que vos fala
Já não sabe quem é, ou quem foi
Não sabe o que quer
Só sabe reclamar, atuar.

Mundo inventado
Perdido em sonhos falsos
Fugindo da realidade
Como quem foge do inferno falado

Cores falsas
Tranquilidade disfarçada
Ninguém sabe mais quem sou
A imagem no espelho não me diz nada
Identidade castrada
Maquiagem para sempre

As palavras tortas, distorcidas
Um herói falso
Que tenta mostrar-se
Mas nada sabe
"Perdoe-os Pai, eles não sabem o que falam"
Nunca souberam...

Barco errado

Não entendo muito disso
É novo, inédito
Não morra pois quero eu morrer
Não sofra , quero eu sofrer

Sai correndo, não me segue
Vai tudo sair errado
Minhas velas fudidas não aguentam
O capitão está descompensado

Não quero estar do outro lado
Mudanças me confundem
As palavras são mais fáceis

O tempo foi tão rápido...
Por segundos não me destruo
Mas ele aqui, ficou parado