quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mãos desesperadas

Nada que foi dito é verdade
Aqui tudo é falso. é tudo torto
Mas nos falamos e trocamos saliva
Como se fosse tudo real

Minhas mãos tremem,
Não reagem ao pensamento
Meu coração dispara
Ignora tudo que penso

Os olhos que brilham no mistério
De jamais ser quem é
Essas mãos pesadas na face trêmula
Mentindo sem medo de ser triste

Agora bate o frio do início do inverno
Os ventos trouxeram perfumes fétidos
Vindos do verão europeu
Eu te cubro no frio passageiro

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Tudo de novo


Aquele rosto que fascina e não deixa pensar
Os dedos entrelaçados mentiram para mim
Prometeram-me ser feliz
Um mergulho no azul dos teus olhos

Mas os dedos separam-me
Meu beijo foi parado
Meus olhos pararam de brilhar

Eu, que prometi não mais olhar Afrodite
Agora estou perdido no labirinto
Correndo cego pelas armadilhas
Lamentando guerras perdidas

A distância agora é pouca
E não me servem mais as armas

domingo, 12 de junho de 2011

Carnaval da miséria

O tango só baila no vento
Do carnaval da miséria
Onde a tristeza reina
E o Rei é puta!