quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Vida real

Não sonho com mais nada,
Meus olhos cansados se fecham
Levam-me à sonhos ébrios
Em que posso ter seus braços
Posso sofrer sem culpa
E não ter de explicar minha lágrima
Sem ter porra nenhuma
À não ser a mentira
Pílula azul maldita
Prefiro a ilusão , prefiro fingir ser feliz
Prefiro a mentira à vida real.

E qualquer voz
Que fale aos ouvidos,
Que me diga para esquecer, seguir em frente
Não escuto nenhuma,
Por bem ou por mal ignoro
Permaneço na paranóia amorosa
Continuo o masoquismo sentimental
Que me é habitual
Permaneço chorando pelos cantos
Pertubando ouvidos inocentes
E sacrificando papéis e canetas
Na esperança de transformá-la
Na mais bela poesia

Não me leve à mal
Não quero seu sexo , apenas
Não quero seus olhos como troféu
Não quero seu nome no mural
Eu quero apenas você
Sem maquiagens, sem enfeites
Sem confetes e amarras
Apenas seus olhos marinhos
E cabelos prateados
Só assim curarei minha loucura
Só assim não terei mais pecados

Apenas faça como eu,
Não escute os humanos
Deixe-se morrer
Para enfim começar à viver
Sem medos ou receios
Sem paranóias ou recados
Deixe-se viver, depois pense na morte
Pois aqui é onde moraremos
No país maravilhoso dos meus sonhos
Em que tudo dá certo
E meros dubladores não dão pitacos
E receosos não são fracos
Abra seus olhos e não tente entender
Deixe-se na vida do momento florescer.

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