As vezes penso como seria se não tivesse começado, como seria sem aquele all-star de cano alto que eu odiava... O que seria de mim sem aquela banda que nunca teve um ensaio, que servia apenas de pretexto para amar.
Se eu não tivesse te conhecido você teria um número a menos na sua enorme lista de contatos, o sexto lugar não seria mais meu. Com certeza eu teria economizado muitas lágrimas amargas, não teria sofrido tanto e as mentiras teriam sido menores... Mas também, se não tivesse te conhecido, como eu iria gastar a tinta da minha caneta?
(escrito em 2008)
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Tempo
E quando encontro a foto perdida
Que nem sabia se de fato existia
De um dia passado, estranho e maravilhoso
Todos precisam de um tempo próprio
Enquanto isso chega a chuva de novembro
Em pleno inverno de agosto
E todo esse tempo não foi ilusão
Sabe, todos precisam de um tempo
Eu acompanho o meu que é lento
E pesado, um fardo que ninguém pode levar
Então não me largue no escuro
E saia pela chuva dançando
Como quando o tempo desmoronou
E eu sem reação parei para olhar a chuva cair
No chão sujo com a lata dançando na mão
Antes de sair em desatino pelo mar de loucos
Que enchiam as ruas molhadas
Que nem sabia se de fato existia
De um dia passado, estranho e maravilhoso
Todos precisam de um tempo próprio
Enquanto isso chega a chuva de novembro
Em pleno inverno de agosto
E todo esse tempo não foi ilusão
Sabe, todos precisam de um tempo
Eu acompanho o meu que é lento
E pesado, um fardo que ninguém pode levar
Então não me largue no escuro
E saia pela chuva dançando
Como quando o tempo desmoronou
E eu sem reação parei para olhar a chuva cair
No chão sujo com a lata dançando na mão
Antes de sair em desatino pelo mar de loucos
Que enchiam as ruas molhadas
domingo, 26 de agosto de 2012
sexta-feira, 17 de agosto de 2012
Vai Voltar
Planos futuros
Panos furados
Tão tarde...
Uma vida criada
Sem certeza
De vida futura
Sem a mãe amada
Na mentira familiar
De não saber de nada
Ou vergonha,
Medo,
Sei lá...
Tanto tempo,
Nem sei como lembro
Com a memória vazada
Detalhes no ar
Limpando os buracos
Na estrada que não leva
À nenhum lugar
Não sabe,
Acho que nem você
Nem eu,
O que vai rolar
No sábado
Será tudo diferente
E posso não querer
Posso enlouquecer
Ou até esquecer
Mas não se desespere
Na terça volto a lembrar
E volto com tudo
Os panos,
Os planos
Até cansar...
Panos furados
Tão tarde...
Uma vida criada
Sem certeza
De vida futura
Sem a mãe amada
Na mentira familiar
De não saber de nada
Ou vergonha,
Medo,
Sei lá...
Tanto tempo,
Nem sei como lembro
Com a memória vazada
Detalhes no ar
Limpando os buracos
Na estrada que não leva
À nenhum lugar
Não sabe,
Acho que nem você
Nem eu,
O que vai rolar
No sábado
Será tudo diferente
E posso não querer
Posso enlouquecer
Ou até esquecer
Mas não se desespere
Na terça volto a lembrar
E volto com tudo
Os panos,
Os planos
Até cansar...
domingo, 29 de julho de 2012
A esperança da incerteza
Todas as luzes que formaram
Aquela única imagem que temos
Que aliás nem sei se ainda existe
Na memória apagada
Com outras coisas sem importância
Que mandaram embora ao vazio
Para não atrapalhar o presente
E longe do que importa
O som balança, incomoda
De um modo agradável
Na ausência de imagens,
Na falta de contato
O que mais seria válido?
Algo forte me abraça
Carrega para longe meus sorrisos
A comida esfria na mesa
Perguntam-me sobre tempo
Respondo que não sei
Fingindo não me importar muito
Mas ninguém realmente acredita
É a esperança de desespero
Uma vontade enorme de sofrer
Contanto que seja mais próximo
É perder-se no querer
E só ver com os olhos amados
É não se importar em sofrer...
Aquela única imagem que temos
Que aliás nem sei se ainda existe
Na memória apagada
Com outras coisas sem importância
Que mandaram embora ao vazio
Para não atrapalhar o presente
E longe do que importa
O som balança, incomoda
De um modo agradável
Na ausência de imagens,
Na falta de contato
O que mais seria válido?
Algo forte me abraça
Carrega para longe meus sorrisos
A comida esfria na mesa
Perguntam-me sobre tempo
Respondo que não sei
Fingindo não me importar muito
Mas ninguém realmente acredita
É a esperança de desespero
Uma vontade enorme de sofrer
Contanto que seja mais próximo
É perder-se no querer
E só ver com os olhos amados
É não se importar em sofrer...
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