domingo, 29 de julho de 2012

A esperança da incerteza

Todas as luzes que formaram
Aquela única imagem que temos
Que aliás nem sei se ainda existe
Na memória apagada
Com outras coisas sem importância
Que mandaram embora ao vazio
Para não atrapalhar o presente

E longe do que importa
O som balança, incomoda
De um modo agradável
Na ausência de imagens,
Na falta de contato
O que mais seria válido?

Algo forte me abraça
Carrega para longe meus sorrisos
A comida esfria na mesa
Perguntam-me sobre tempo
Respondo que não sei
Fingindo não me importar muito
Mas ninguém realmente acredita

É a esperança de desespero
Uma vontade enorme de sofrer
Contanto que seja mais próximo
É perder-se no querer
E só ver com os olhos amados
É não se importar em sofrer...

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