segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A dor

Acordo com a típica dor nas costas
Um peso na cabeça que não me abandona
Com a mesma cara de sempre:
Um café;
Um cigarro

Obedeço a vontade de fechar os olhos
E enxergo no escuro iluminado pelo amanhecer
Todos os sorrisos , as risadas
Mancada...
Não lembro de descer até o chão e cavar
Cavar fundo, e me enterrar

Um dia passado, dois ou três...
Meu pulmão grita pedindo ajuda,
Meu corpo dói sem parar,
Derruba-me, não posso levantar
Mas a dor mais insuportável é outra
Que nem sei como falar

A fumaça desce no fluxo do ar
Não quer problemas
Não quer inventar
Estou seguindo-a por agora,
Quem sabe uma hora chego lá...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ando meio cansado de tanta erudição
De tanta política e falta do que fazer
De lugares tristes e caídos

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Um sorriso difícil de esquecer,
Mesmo não estando sempre ao lado
Uma voz que faz uma falta
Espero mais um dia, dois se for o caso...

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um tempo parado

Um tempo,
Pausa para fotos e burocracias infinitas
Um pouco de paz no coração,
Menos razão,
Menos emoção
Um tempo sem pensar,
Um tempo para viver!
Talvez rezar,
Não sei, até chorar talvez
Talvez, talvez, talvez...

O relógio da cozinha parou,
Eu marcava as horas por ele
Agora estou meio perdido
Mas com certeza os tempos mudaram

Mais tempo, menos tempo
As coisas acontecem
Fugir é só prorrogar a dor
E eu,
Já não gosto tanto de fugas
Nunca fui fã de lutas
E não tenho mais pretensões heróicas
Prefiro agora a calma do relógio parado
As voltas infinitas ,
Voltas e voltas e mais voltas
Voltastes ao mesmo lugar...

Levo agora a calma do tempo bem gasto
Um tempo mais leve,
Que não me deu tantos fardos
Ando agora sobre rodas,
Ladeira àbaixo sem medo
Sem pressa, mas rápido

domingo, 27 de novembro de 2011

A distância dos lábios macios era enorme
Não sabia bem o que queria, e ainda não sei
Sabia apenas que aqueles olhos me diziam algo
Falavam de algo que eu já não conhecia mais

O impossível me desafiou novamente
Mas não tem guerra perdida,
Nem batalha que desanime
O olhar cabisbaixo sempre me deu certeza

Conversa longa, palavras cuidadas em fumaça
"Eu conheço o jogo!"
Não tem mais como esconder!

Em meu peito corre uma manada
E eu tenho que jogar verdades e torcer para dar certo

E deu...