quarta-feira, 31 de outubro de 2012

fim

Agora é como se eu tivesse quebrado a corrente
A liberdade que eu busquei nem é tão bonita
Então é isso, é tempo de encarar realidade
Desistir das flores da primavera
E Procurar o outono .

A algema imposta pela esperança
Esta finalmente jogada no chão da realidade
O chão é frio...
Desabei junto com ela
Mas me levanto aos poucos
não há nada que o tempo não cure,
Talvez só um coração quebrado.

Cansei de mendigar atenção
De olhares vazios
Ou pior, penosos
Cansei de despedidas na chuva
De viagens mais longas que estadias
E de noites frustradas
Cansei dos planos
Da música, sei lá
Cansei de tudo,
Cansei de tentar

E do cansaço desfez-se a covardia
De olhar tudo e não enxergar
É meio triste ver depois de tanto tempo cego
O fim de um sonho
E tudo que tenho pra lembrar são pés unidos
As fotos permanecem vazias...
Então lembro da cegueira
Da falta de imagens
Do som cansado das teclas batendo

Já é tarde,
Perdi o sono, não queria acordar.
Não me servem filmes nem remédios
Você provavelmente dorme
Na mesma cama
Do mesmo jeito
É impossível não lembrar da poesia
Viro mais uma dose,
Corto o choro,
Espero o tempo curar

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