domingo, 5 de dezembro de 2010

Amor de pai e filho










Quando criança as cores me chamavam,
Meu pai gritava, mostrava-me camisas
Mostrava-me ídolos e bandeiras
Eu seguia vendo a história

Mais tarde, o sofrimento
Não se falava tanto,
Não se via muitos
Mas meu pai continuou gritando e guiando
Ouvi muitas falas grossas
Não via o escudo na escola
Nem na globo aparecia...

Mas meu pai me levou para vê-los
Guiou meus passos
Levou-me à verdade

Mais tarde , nem sabia
Não lembrava tão bem das cores
Guardava apenas nomes
Antigos amores...

Os meus dias mudaram,
Os anos trouxeram força
De todas memórias puxei verdades
De todas lembranças , torcedores

Nos dias difíceis estive ao lado
E nos dias seguintes , fiquei calado
Com tanto choro, um dia vem glória
Esse dia, esse jogo, guardarei na memória

Nos anos do quase, chorei junto à ti
Mas no ano seguinte voltei à festa
Exaltei suas cores, chorei suas mágoas
E você me deu amores

Acreditei. Ouvia tuas palavras, esperei
Hoje recebo o retorno, alcancei!
E com todos amigos, chorei.

Ao meu pai agradeço,
Obrigado pela educação
Por todo amor
E por manter-me no caminho certo

Hoje sai o grito.
O grito que esperei por anos
Saí da glória e fui ao lixo,
Saí do lixo e fui ao quase,
E hoje abandono o quase e consigo
Hoje sai o grito
Finalmente sai o grito preso
Preso num cárcere colorido
Por esperança, sangue, paz e amor

Hoje o cárcere tricolor foi quebrado
O verde se liberta e voa junto ao branco e o grená
O tricolor prevalece
E o maldito grito sai da boca de tantos apaixonados
É campeão porra, É CAMPEÃO!
O amor não se abala jamais...

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