segunda-feira, 29 de julho de 2013

Dói pensar que seus olhos descansam em outro
Não cresci na hora devida
Meu medo cresceu mais que eu e perdi
Perdi de novo
Como aos quinze , o mesmo aos vinte...
E nada diz que agora crescido muda
Termina sempre com o mesmo

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Depois de tempos fechado
Sem resquícios de melancolia
A notícia despertou a lágrima
Que sofria, mas não corria

Lembranças vazias sem muito amor
As idas e vindas do bairro distante
Ouvindo músicas antigas
Pensando que o tempo consertaria

Não consertou...
De nada adiantou perder o tempo
As poesias jogadas na praia
Cunhadas em dor latente

Estrelas passadas de um ano
Arrependimentos que trazem dor
Feridas escondidas
Que não sararam no show

E ela não estava errada,
Não mentiu, não chorou
Quem pode culpa-la
Por não queimar de amor



segunda-feira, 13 de maio de 2013

Fantasia, Poesia

Sabe, não é o melhor, mas está longe de ser o pior
Sinto-me sendo o que sempre desprezei 
Não liguei, não falei, não chorei
Imponho-me uma imagem de quem não sou

Uma pausa para trabalho
Enquanto finjo que faço algo 
Uma hora , acho, verei com pesar o passado
Mas será tarde e o caminho de volta é árduo

O personagem me cai bem,
É na verdade minha vontade
Quem precisa de realidade
Quando se tem fantasia

Bela menina, não se assuste
Com toques e insanidades
No fim é o lobo quem morre
Pela própria maldade

sábado, 4 de maio de 2013

Sendo como sou

Fritaram minha cabeça
E puseram 'pra jogo
Enquanto O mundo girava
Nesse eterno mistério
De se querer e não se conter
Contentar-se com o que se tem
Não há nada mais boçal
Acomodação parasitária
Mas não esqueça
A essência é sempre a mesma
Independente de qualquer coisa
O homem não foge a natureza
E ela sente , e pede
Mas a facilidade é bela e má
E não acontece como querermos
Mas como se é
Enquanto a cabeça voltava
Falaram que fritaram o mundo numa jarra
Mas que continua tudo igual
Não adianta tentar mudar o natural

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Cinzas

Percebo agora que desde que você se foi
Nunca mais cheguei perto da praia
Agora fujo do sol, da luz
Assim como meu cachorro foge do banho
A persiana do meu quarto quebrou
Permaneço no escuro 
Fugindo vez ou outra para ver a rua
E confundir outros rostos 
Com o dourado do seu.
Agora passo as tardes 
Te esperando
Espero no bar até você passar
Com seus vestidos floridos
Posso então ver os rastros 
Do que foi  um carnaval
A quarta feira de cinzas me deixou um vazio
Que nenhuma cachaça cura,
Nenhum sorriso nascido 
Só aquele seu jeito de ser feliz
Que me contagiou e me ensinou a sorrir
Mas que agora está longe de mim