sábado, 26 de março de 2011

Revolta do bom


É vazio, sem nada para ser
Não quero isso pra mim
Não quero perder e achar bom,
Falar besteiras, viver de bolhas

Não há vida nessa busca de corpo
Onde vê-se o próprio umbigo,
Sem jamais se preocupar com o outro
Que está ao seu lado , fudido

Falar, é fácil, quero ver ser certo
Fugir dos problemas idiossincráticos
Que não te levam à nada
Mas elevam o ego...

Tentar usar o próximo,
Que esteve sempre ao seu lado
Ajudando os casos perdidos,
Advogado do Diabo

São seres raros esses
Que possuem bondade humana
Que nada esperam em troca
Quando há sempre moedas rolando

terça-feira, 22 de março de 2011

Se soir

Esterco
garrafas nuas, que brindam meu amor doentio
Sem pena nenhuma das bordas comidas por vermes
desse meu coração preto de gangrena de amor
Sem sorte alguma apenas dor disfarçada com fumo
que queima a garganta e sobe à mente fraca
Poeta indecifrável de versos sujos e mal lavados
que não sente mais essa dor mentirosa,
falta de ar
Faltam-me palavras para descrever essa tortura
Satine, viciada em amor de loucos e poucos
Satine, cortesã do amor desses tortos
Satine, Zahir das mentes loucas
Satine, Bruxa maravilhosa
Satine, essa noite?
Satine, para!
Satine!
...
Loucura, Dor, Sofrer, Amor, Chorar, Odiar, Não saber
Morrer e voltar à vida, sina dos amantes
E quem disse que morrer de amor é bom,
É porque nunca amou antes!

sábado, 19 de março de 2011

Sangue fervendo

E ela sobe e invade a corrente do sangue
Em segundos explode em ódio
A cabeça pesa, fico desorientado
Tan tan tan tan tan tan tan tan tan

E aqui quem não sabe 'tá fudido
Quem não sabe brincar é melhor não chegar
Quem tem medo de sangue é melhor se afastar
Daqui se vê o caos e oco é conhecido
O medo é sentido à distância
Pavor no ar , misturado com porra
Tudo quebrado, e todos rindo
Quem tem medo aqui não pode brincar!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Vida roubada

A dor de não poder ter o que quer
Contamina, desgraça , acaba
O sentimento de falhar como Homem
A falha exposta para qualquer um ver

Perder e não aceitar a recompensa
De viver feliz para todo lado
Sem ter dores de cabeça
Ou dedos apontados na cara

Ver crescer sem ter nada
Não possuir um pedaço do sonho
Que criou com amor e medo
E despede com todo anseio

A posse do que não é seu
Mas que tenta a todo custo pegar
Para manter um controle seguro
Da posse desfigurada

terça-feira, 15 de março de 2011

Olhos baixos

Revoltantes aqueles olhares tristes, encabulados. Tudo poderia ter sido evitado com palavras , sentimentos falados sem medo. Poderia ter dado certo se falasse. Não acho que vá ser feliz como foi antes, não acho que vá ser normal, fiel, sentimental... Não vejo mais , fiquei cego de dor. As cores murcharam e tudo que vejo é em tom pastel, que contamina minha visão falha. Torci a cara, virei o rosto. Não tem mais jeito, não fale mais nada e por favor não me olhe assim.