sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Aparece um lindo amor
Que nasce em solo queimado
Destruído pelo passado
De quem já cansou.

A Monarquia do Caos

Aqueles olhos cansados de brilhar inutilmente brilham novamente sem poder controlar. O som evolui, torna-se algo que se sente, preenche o vazio que há naquele corpo que sai todos os dias , mas não encontra um rumo , não sabe onde acabar. Mas pensando bem, quem sabe? Quem me obrigou a definir um caminho , uma rota? Confabulamos o fim da hipocrisia e de uma era ilógica , moldamos o mundo ao nosso pensar e que se foda o que irão falar. Que se foda o tempo, que bem ou mal passará. Que se foda a noiva e sua linda sala de estar. Que reine meu mundo , que o louco seja coroado para que possa então em sua coroa cagar!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Ilusão

O passado, o agora, as vozes caladas de outubro, os versos deixados de novembro, que deixaram de nascer . 
Mas sabe, quando eu lembro sinto o mesmo,
Mesmo com outros olhos
Mesmo com um novo som nascendo de dentro , pulsando para um outro lado
A chuva não é de novembro, mas se quiseres me amar, não tenhas medo, ainda podemos esperar
Precisamos de um tempo,
Um verão
Uma canção
Ou uma ação...
O caminho segue, não leva à lugar algum, 
Deixei-o andar, procurar um lugar, uma luz que piscava e agora chega perto
As chuvas ainda caem, as tardes ainda voam na lembrança do nada que vivemos
Roma ainda nos aguarda em algum momento , na escuridão, imaginação, não sei
Que role a canção, o verão e mais uma data voada, esquecida no meio de tantas que passam 
Só precisamos de um tempo, um verão, uma estação,
Ou não...

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

O verão

Pensei que o tempo fosse curando
Que seria mais fácil hoje passar pela praia
Ou olhar a baia que me sorri todos os dias
E eu respondo virando o rosto em silêncio
A foto não revelada de tudo
E o erro buscado a fundo
Que no fundo eu sei qual foi
Só não posso aceitar.
A sinfonia do fracasso invade as rádios
Não olhei outros olhos
Não beijei outras bocas
Pelo simples fato de não fazer sentido
O som insuportável se repete
E repete, e repete
E ninguém aguenta mais a história triste
Até quem não ouviu, ou quem contou
Vivemos a distância habitual
Só que agora não há vírgulas
O ponto fora muito bem colocado
E o verão não acaba
O verão nunca acaba no Rio de Janeiro

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

O telefone toca tímido
Meio calado , meio de lado
O pensamento voa
Entoa cantos antigos
Que não tocam mais
No Reino ferido.
O telefone fala
Fala receoso
Sem mostrar luz ou treva
Sem ser feliz ou morto
A tarde passa
No dia escuro
Sem rastros ou cinzas
Sem nenhum fruto.