sexta-feira, 27 de abril de 2012

Inconstante


Uma estranha realidade,
É como um sonho que desistiu de virar pesadelo
Um beijo distante
O som distorcido do mar canta a saudade

Desmancha tudo e monta ao seu gosto
Os dias de tédio já me valeram
Os versos cantam um homem diferente
Mas nada muda o sorriso exposto

Uma idéia de felicidade constante
Não vejo mais ratos nos cantos
Onde tentam roubar meus olhos
Mantenho o olhar distante

A certeza de esperar o inesperado
Olhos caídos confessam um temor
"Eu tento..."
Soltou num suspiro abafado

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Um momento em que tudo que pensava vai desmoronando, se desfazendo em poeira solta ao vento. Seus credos, seus princípios, caráter , até seu ideal estético . Quando olha-se para trás e nada faz tanto sentido assim, a certeza de ontem agora é a maior besteira. Quando as vozes ao redor já falam tão alto que seu único pedido é que ela pare, se silencie por alguns minutos, um tempo para o silêncio prevalecer antes que a cabeça exploda .
A música mudou por completo, e o que eu jogava no lixo agora é o básico, o bom agora é vergonha. É até um pouco triste , não sei se antes era melhor ou se melhor está agora, as inceterzas são as mesmas, mas agora disfarçadas de importantes causas filosóficas que não passam de choro de criança. O grande acadêmico, o grande intelectual, as mesmas invejas. Os olhares do lixão são visíveis.

domingo, 11 de março de 2012

Depois que você partiu

Depois que você partiu ficou tudo uma grande merda
Não há mais futuro,
Nem criança
nem nada

Depois que você partiu
A esperança foi embora
Os sorrisos tiraram férias

As poesias perderam os versos
As palavras perderam a graça
Não há mais rima
Não há mais cor
Não tem nada

Depois que entrastes naquele táxi
Não aconteceu muita coisa
O sol nasceu e foi embora
Por dias e dias
A chuva molhou
O calor aumentou
mas não aconteceu nada

é,
Ficou um grande vazio...
O ponteiro corre agora
Sem um destino

Depois que você partiu ficou tudo uma grande merda

segunda-feira, 5 de março de 2012

o que eu tenho

Pernas cansadas
O céu parece claro
Ouço gritos de dentro do carro
Tento fugir o mais rápido possível
Chama
Chama

Oi!
Vem pra cá, estou meio triste...
Chego em 10 minutos!

Em 7 minutos e meio estava lá
Os mesmos olhos escuros
Meio tristes, meio cansados
A mesma coisa de sempre
A conversa amiga
O abraço de olhares
A fumaça esconde meu sorriso
O silêncio faz tudo valer a pena...

sábado, 3 de março de 2012

Silêncio amigo

Quem entende os olhos escuros cheios de mistérios?
Horas olhando um ao outro sem palavras
Silêncio quebrado pelo asfalto corroendo as rodas
Indo longe no pensamento
Profundo no sentimento
Que ainda não entendi.

O toque dos lábios confusos
Um forte abraço apertado
E a troca de olhares perdidos

Nem eu, nem ela
Ou nós, não sei...
Um romance enrustido
Sem regra ou tempo

Um beijo na face amiga
Amanhã nos vemos!