sábado, 4 de setembro de 2010

Alvorada

Nada aqui mudou
Continuo o mesmo
Continuo a esmo
Só poesia restou

Voz fria, arrastada
Som de pura melancolia,
Destrói qualquer alegria
Reduz o lítio a nada

Ela esbanja beleza,
Ilumina o quarto escuro
Brinca com jogo duro

Em mim, uma certeza
Fez da noite dia
Despertou-me galhardia

sexta-feira, 3 de setembro de 2010


I love how she makes me feel. Like anything's possible. Like, I don't know... like life is worth it.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Antes

Aqueles dias que parecem distantes
Dias calmos, despreocupados
Naquelas tardes errantes
Sonhava de olhos fechados

Olhos perdidamente abobalhados
Diante daquela acompanhante
Eu , tímido, ficava calado
Um silêncio apavorante

Vejo-a novamente
Mesmo olhar, mesmo amor
Velha história, pavoroso temor

Sinto-me impotente
De mãos atadas frente ao destino
Ela mulher, Eu... menino

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

partida

É forte.
"Você vai?"
"Vou" ela respondeu
Vai com ele,
Maldito.

Eu fico
Observo a ponta
Do cigarro queimar
A fumaça
Se mistura com o ar
Não dá mais tempo
Ela vai, Eu fico

Vejo-a partir,
Aceno em despedida
Obviamente sem resposta
Seus olhos colaram nos dele
Suas mão afagam outro

O cigarro acaba
Tenho que ir,
Estou atrasado,
Parto

Cada um tem a sua bola numerada e que não pode ser embocada. Cada um defende a sua e atira na do outro. Aquele se defende e atira na do outro. Assim, assim, vão os homens nas bolas. Cada homem tem uma bola que tem duas vidas. Se a bola cai o homem perde uma vida. Se perder duas vidas poderá recomeçar com o dobro da casada. Mas ganha uma vida só...




Fervia no Joana d'Arc o jogo triste da vida



João Antônio