Vou saindo na rua escura , no sol da meia noite com os insetos saídos do esgoto, junto das almas errantes. Saio e na loucura acelerada acendo um cigarro que queima sem que eu possa traga-lo. O vazio toma a cena, o medo sobe pelas paredes sujas e o desespero avança para o meio da rua. A fumaça me cerca e me protege do vento que traz más notícias. Um onda de nostalgia me toma, lembro de um jardim onde começou a maior viagem da minha vida-ao menos até o momento- e de onde sobreviveram grandes amigos. Viver de nostalgias... Acho que nasci para colecionar histórias. Algumas reais, outras pura imaginação, algumas mentiras, outras dos outros. Baseado no passado me perco . Jogo a ponta do cigarro fora e com ela toda luz que havia. Maldita! Me deu a direção errada, filho da puta. Segunda direita e reto até o amanhecer é o caralho!
Volto cansado, de olhos vidrados em desentendimento. Olho o relógio e havia mudado o dia, um dia mais velho.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
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