sexta-feira, 20 de maio de 2011

Sorriso apagado


Sorriso constante
Iluminação permanente
No quarto escuro
Onde fui preso injustamente

Um coração gigante...
Quem teve coragem
De machucar a criança
Que brincava inocente ?

Quem paga a conta do analista?
Será que um dia pensou em algo
Que não fosse o próprio rabo ?

Enquanto ele caga lendo revista
Ela chora no meu colo molhado
Por lágrimas salgadas de um sorriso apagado

Nirvana


Vai-se a luz lá longe
Minha cortina esfumaçada
Não me protege mais
Meus olhos viraram
Não me sinto bem...

Palavras faladas
Em línguas distantes
Por línguas mutantes
Línguas alheias
Cheias de inverdades

Um batimento aprisionado
Um baque seco no outono
Ventos rasgados de folhas secas
Levaram meu único nome

E segue livre o pensamento...

Sonos sinceros , discretos
Revoltas de nomes errados
Falsos apaixonados
Apontando novos culpados

Um mantra ecoa longe
É tudo mais calmo
O inverno logo chega,
Mas os ventos já estão gelados

É certo falar que estou errado
Puro pecado, puro ser humano
É chato ser apaixonado
Torcer para a sorte lhe bater
torcer, torcer, e jamais vencer...

E o pensamento voa errado...

domingo, 1 de maio de 2011

Violinos calados


Esses dias afastados do meu norte
Ninguém liga muito para mim aqui
Sou apenas uma alma solitária ,
Sem sapatos ou voz, sem nada

Espero passar o dia para ouvir o som
Ouvir os violinos tocando alto
Tchaikovsky te trouxe à mim
Eu apenas fecho os olhos e sonho

O filme ainda passa na tela
E eu ainda não entendi
A imagem não saiu da cabeça
E eu ainda não fiz nada...

O amigo chorou seu pranto comigo
E eu tentei não cair aos seus braços
O amigo que me perdoe,
Agora estou apaixonado

E cresce o dilema, a dor da espera
Suposições não bastam para o coração cansado
A voz que canta não sabe de nada
Espero seu ar para dormir sossegado

No teatro as cortinas escondem o palco
E aqui não há mais música tocando
Desesperados meus olhos fecharam
E abriram já ao seu lado...
E eu acho que achei meu amor...