domingo, 2 de setembro de 2012
Ali naquela praia figuravam os dias mais claros da vida dele. Não que fosse rato de praia ou algo assim, na verdade aquela vida praiana carioca nunca o atraiu muito, mas de uns tempos pra cá as ondas que quebram na solidão da noite iluminada por inúmeros postes de luz amarela o faziam feliz. As ondas que hora trazem amor, outras terror , e algumas vezes até desespero , mas ali mesmo com o vento marinho e um cigarro ele aprendeu a conviver com isso. A praia era mais que areia mar e pessoas pulando de um lado para o outro. O silêncio dançava com a fumaça do cigarro um tango que só não era mais bonito que o que permanecia naquela cabeça cheia e doente. Um ano, uma mudança ou mais, nem sabia ao certo como era antes, mas a certeza de que era pior. O tango da fumaça fora interrompido pelo fim do cigarro, era hora de ir, encarar realidade.
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