quinta-feira, 28 de junho de 2012

Tão certo quanto o Sol

O Sol sumia na noite
Um esboço de sorriso parecia tomar seu rosto
O olhar cansado revelava o último suspiro de luz
Que suavemente deu lugar à Lua.

Aquele tom triste parecia aos poucos se extinguir
Não sei se foi o tempo, talvez o ouvido paciente
Não importa, prefiro só aceitar , abraçar o destino
Deixar a nota soar, não me perder...

O andar distante , de rompantes, saídas rápidas
Um destino itinerante cheio de medos e vontades
Cada vez acaba menos o inacabável
Como o Sol sempre volta...

sábado, 23 de junho de 2012

Um sorriso discreto e um leve abraço. Não falo, não canto, não conto piadas. Manter-se firme em noites frias. Acendo um cigarro no escuro e ilumino seu rosto com o fogo. Rosto pálido, com olhar vazio, preocupado. Não vejo aquela alegria despreocupada. Volto-me para a fumaça que se desenha no escuro. "Desculpa , não sei como cheguei, onde estou...", os olhos miram o chão  e respondem com um baixo tudo bem. Trago o cigarro em busca de algo, me faltam palavras, coragem, não sei. Busco respostas no céu nublado, sem nem ao menos ter perguntas. Dou a volta e sigo andando , ainda esperando, ainda acordado.
O cheiro de fumo barato me antecede, passos cansados sem muita esperança pela rara noite de frio do inverno carioca. Os sons da noite completam o vazio do silêncio que perturba a mente cansada. A fumaça densa dança pelo ar até virar nada, o que me faz lembrar de tudo. O sentido se perde na lua triste, por onde anda o sentido?!

sexta-feira, 22 de junho de 2012

A última gota, jamais derramada
O pulso treme , ignoro e acendo um cigarro
Ao descer pela garganta
Forma-se um sincero sorriso
Que em seus cantos vê-se triste

segunda-feira, 18 de junho de 2012

É pelas pequenas atitudes que reconhecemos grandes pessoas,
É nas vozes fracas no fim da noite que ouvimos o que realmente importa
É nos abraços apertados e infinitos que nos sentimos felizes
É no futuro que vemos a esperança de um puro e conturbado amor

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sou eu

Sou o protótipo de certo que saiu errado,
Eterno acomodado, parado.
O ódio da rotina
Só não é maior
Que o pavor da novidade

Sou exatamente o que se vê
E também o contrário
Sou encostado
O estorvo
Que não sabe aprender

Sou a bengala
Que não deixa cair
Um apoio desesperado
Sou a segurança
Que deixa sair

Sou a lágrima perdida
Um momento esquecido
Uma nota vazia
No piscar dos olhos
Já passa das 3 querida, deves sonhar agora. Não durmo, não sei porque, já tentei ver filmes chatos e pensar na praia dos sonhos, tomei uma água, um leite e nada, lembrei dos teus olhos com a música que toca baixo e esqueci de não falar de amor!

domingo, 10 de junho de 2012

Quando você não vê como piorar , tudo fica um pouco pior só de sacanagem porque você duvidou...

sexta-feira, 8 de junho de 2012

As rédeas

O sol merecia uma segunda chance para brilhar
Mesmo sem o brilho necessário para salvar
Não se prende o melhor cavalo do páreo
Que corre como o vento,depois de dopado

Mesmo com palavras macias, amigas
A dor permanece, não falha
Mascarado, escorrem lágrimas
Pelo canto do sorriso pintado

Corre, acompanhe-as não se perca
Talvez um dia a veja cansada de correr
Em planos campos verdes de prazer

A cores das fotos do vento
São as mesmas das nossas

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Continuar

É difícil não pensar nos beijos,
Nos seus olhos penetrantes,
No perfume tão bom ao qual me acostumei

É difícil não chorar agora
Que tudo se derramou
E o sonho se perdeu

É difícil pra caralho seguir adiante
Depois de ver o passado fudido
Escorrendo num  dia de chuva

É difícil sorrir com os pensamentos
Que giram e giram até me deixar tonto
E não perdoam o desespero

É difícil não me culpar
Lembrar que não falei
Que deixei escapar

É difícil continuar...