quarta-feira, 2 de março de 2011

Feliz machucado

E agora que não consigo torcer contra?
Que a única coisa que quero ver é um sorriso sincero
Naquele rosto que já cansei de ver gelado

E meu sorriso como fica,
Quando o que eu quero é feliz longe
E agora não sei se sou feliz ou triste

E esse paradoxo infernal que me persegue
A idade não me trouxe sabedoria
Parei aos dez e esqueci de viver

Aquele velho clichê me toma agora
Logo eu que sempre fui imune
Sempre pensei em mim antes do outro

Cacete, não sei mais nada
Perdi-me nesse lago profundo
Com cem quilos em cada mão

Mas lá do fundo, junto das algas
Vejo um sorriso disforme na superfície
E consigo sorrir, mesmo estando triste

3 comentários:

  1. Poxa Pedro !!!!! Você continua cada vez mais profundo em suas reflexões poéticas/filosóficas.
    Isso é muito bom ......Essa forma singular de você perceber as coisas ao seu redor faz com que eu foque o olhar da minha memória para um ponto além daquilo que eu imaginava ser o fim....
    Valeu....Você já está maduro........
    Respeito seu pensamento, que é além de moderno e ultrapassa o pós moderno, seu olhar vai além do futuro........

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  2. po, valeu mesmo, obrigado cara ! =]

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