Outro dia perguntaram-me o que eu queria ser quando crescesse, lembrei de todas minhas respostas para a pergunta .Quanto tinha quatro anos tinha uma resposta na ponta da língua, sempre a pronunciava com toda certeza que o conseguiria. Dizia sempre " quero ser príncipe!" , mal sabia eu que a realidade chegava. Aos cinco corri para o colo de meus pais chorando e dizendo " mãe, eu não posso ser príncipe..." . Tempos mais tarde, já conformado com a realidade da realeza quando me perguntavam se eu ainda queria ser príncipe balançava a cabeça negativamente com toda força possível, dizia que seria Cantor, uma mistura simples de Beatles, Raimundos e Sandy e junior. Aos 9 exclui a terceira influência e coloquei nirvana, mesmo só tendo ouvido duas músicas na época. Pouco tempo depois , de tanto ouvir os risos e conselhos de pais tios , avós e tantos outros , comecei a considerar a possibilidade de ser Presidente diplomata ou até mesmo juiz. Com 12, em plena rebeldia pré adolescente dizia que ia ser rico, não sabia como , mas estava decidido. Um pouco depois , passando a fase vergonhosa da pré adolescência, e conhecendo melhor o cinema, eu havia mudado de carreira. De rico fui para Cineasta. Aos 15 já é de se assustar dizer que será cineasta, a ideia não agrada muito à todos. Depois daí passeei por tantas áreas que já nem me recordo bem, mas duas principais: a falada medicina , que os pais sempre querem, ou a estranha psicologia (talvez até inspirado no analista de bagé ). Pouco tempo atrás ( confesso, hoje ainda) escritor seria minha escolha. Mas como aos 5 anos a realidade me chamou de volta
Eu sempre tive uma resposta na ponta da língua para a tal pergunta , mas agora, que supostamente já cresci, não sei a resposta. Talvez a criança que queria ser príncipe tenha se frustrado e decidiu não ser mais nada. Ou talvez eu seja iludido demais para ser "grande" . Bom , acho que fiquei com minha última opção...
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