sexta-feira, 29 de abril de 2011

mon chéri

Uma vez caído
Ergue-se e caminha pelo deserto
Velhas cidades sombrias
Sofrendo torturas
Corrida pela vida

Novos olhos
Nova linha
Sorriu levemente
Linhas retas
Dor só minha

O filme passa lindo na frente
E eu ainda não senti o gosto do seu beijo...

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Seus olhos esperam cansados
Assim como eu ela não aguenta a agonia
Esperamos juntos, sentados
E num espasmo o beijo
são dois corações amados
Que nunca tiveram chance
Dois braços cruzados
Num vento gelado
E naquele sorriso
Encontrei meu lar

sábado, 2 de abril de 2011

Poesia do Fim

Enfim, é fim,
Que final para nós
Que sempre lutamos,
Nunca choramos...
Chegou sem perdão
Trouxe brigas
E solidão
Trouxe uma arma
Em cada mão
E as guitarras
Que longe gritavam
São agora trilha sonora

Como foi acabar assim?
Tão de repente,
Com filas de carros irritados
Sorrisos travados
E abraços chorados
Como acabar assim?
No meio do sim
Quando o sentimento
Finalmente chegou em mim
E chegou junto com o choro
Que veio na rede
Sem nem um último olho

Como pode uma parte
Ficar sorrindo
Enquanto outra
Está parindo
A dor sem fim
E sem sentido
Que acaba em pontas molhadas
E garrafas quebradas

Que grande ironia...
No fim ela tinha razão
E ele saiu correndo na direção
Que partiria seu coração
Sem palavras ditas
Sem conforto amigo
Escondendo em cada bar
Um pedaço da dúvida
E chorando para o sono
Esquecer do pesadelo

E não fugimos de nada
O fim sempre nos encontra
Não fingimos ser outros
A face exibia a dor:
O fim chegou!
E quando chega, recordamos,
Mudamos
Amanhã é diferente.
Ela falará, ele vai sorrir
E ela, vai partir...